Você provavelmente já ouviu falar no termo. Muito se fala sobre rastreabilidade no mundo das distribuidoras, seja na logística da linha de produção, seja na regularização do negócio frente às regras da ANVISA.
Mas o de que fato é a rastreabilidade e como ela se aplica ao setor de distribuição de alimentos? Quais as vantagens de implementá-la em seu negócio?
Neste artigo, você vai entender do que ela se trata, como funciona, por que ela é tão importante no setor alimentício. E, ainda, como você pode usar a rastreabilidade e tecnologia a seu favor, otimizando seu processo de gestão e de vendas.
O que é a rastreabilidade?
Uma maneira de entender o termo rastreabilidade é pensá-lo a partir do verbo rastrear. Entre as acepções encontradas no dicionário Priberam, rastrear diz respeito a seguir o rastro ou pegadas ou a investigar a partir de dados. Nesse sentido, a rastreabilidade é um processo que envolve a investigação de um rastro por meio da interpretação de dados.
Portanto, ao ser implementada na logística de distribuição de alimentos, ela passa a ser um controle documentado de cada etapa do processo do produto, desde a sua origem. Esses dados são, então, aplicados em um sistema de gestão e interpretados de forma estratégica.
Na literatura técnica, ela é entendida como uma ferramenta para a gestão de qualidade de um produto, de forma a monitorar seu histórico de localização. Conforme a definição presente na Instrução Normativa Conjunta – Inc Nº 2, de 7 de Fevereiro de 2018, da ANVISA, a rastreabilidade envolve um conjunto de procedimentos para detectar a origem de um produto e acompanhar sua movimentação ao longo da cadeia produtiva.
Do ponto de vista da gestão, ela pode se tornar uma forte aliada como um fator que permite estabelecer um padrão de qualidade, e um controle do processo como um todo, desde a produção até a distribuição, para garantir que seu produto chegue até o cliente na data certa e em boa qualidade.
Qual a importância da rastreabilidade?
Com a documentação de cada etapa do processo, o acompanhamento e a identificação do que pode ser melhorado, a rastreabilidade oferece uma assistência no controle do percurso e qualidade do produto.
Acima de tudo, no setor de alimentos, há uma obrigatoriedade prevista pela Instrução normativa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, tal qual foi citado acima, juntamente com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, quanto aos procedimentos de rastreabilidade em território nacional para controle e monitoramento de resíduos de agrotóxicos em produtos vegetais frescos destinados ao consumo humano.
O Código de Defesa do Consumidor brasileiro também prevê que o consumidor tenha acesso claro às informações sobre produtos variados para que tenha direito de escolha. No caso, isso também gera maior segurança no consumidor sobre os alimentos que ele decide ou não consumir.
Em contrapartida, mais que apenas uma obrigação, ela é eficiente. Com essa ferramenta, você consegue:
- Ter um controle sobre o produto em toda a cadeia de produção;
- Identificar cada produto por um código de rastreio;
- Saber o histórico do produto e de qual lote ele deriva;
- Implementar melhorias mais assertivas;
- Fazer o recall com mais eficiência.
Inegavelmente, as exigências de consumidores estão altas e esse é outro motivo pelo qual você pode aproveitar os dados de rastreabilidade para conseguir mais oportunidades no mercado da indústria de alimentos, uma vez que disponibilizar informação gera confiança no seu consumidor sobre a qualidade dos alimentos oferecidos.
Como funciona a rastreabilidade de alimentos?
No processo de rastreio, cada lote produzido recebe um código, que vai ser usado para identificar o alimento produzido. Ele é único e funciona como uma identificação sobre a origem do produto, que você pode acessar a qualquer instante na cadeira de produção e abastecimento.
Um dos meios de realizar esse rastreio é pelo código de barras, pelo qual tanto a empresa quanto o cliente podem acessar os dados de um alimento, como o seu tipo e a origem.
Nele, é possível saber sobre os selos de qualidade e certificações daquele produto, qual foi a safra ou a estufa de sua produção, informações sobre plantio e colheita, data de fabricação e validade, quais insumos foram utilizados, informações nutricionais, de armazenamento, bem como informações de transporte, sobre o trajeto do alimento etc.
Assim, por meio desse registro, você consegue saber se é necessário fazer alguma mudança em um setor específico da produção para ter resultados mais assertivos. Caso haja alguma desconformidade com um alimento, fica mais simples para você realizar um recall e avaliar se foi um problema individual ou do lote, sem que haja a necessidade de avaliar toda a safra. O processo torna-se mais simples, preciso e seguro.
Desse modo, há maior controle sobre a sua distribuição e maior sensação de segurança em seu cliente em relação a sua empresa e ao produto que você oferece, o que acaba por ser um ponto chave para as vendas.
Uso de tecnologia na rastreabilidade
A tecnologia é crucial para que você possa implementar a rastreabilidade em sua empresa. Visto que cada alimento terá o seu código de rastreio, é imprescindível que os dados coletados estejam organizados de maneira ágil para serem acessados em cada etapa de produção e distribuição.
De fato, como cada etapa é independente, incluir a tecnologia no processo evita erros e acaba por otimizar o tempo e a produtividade da gestão e dos colaboradores. Para isso, as informações que estão nos códigos precisam ser acessadas pelos agentes responsáveis a partir de um mesmo lugar, isto é, um sistema de gestão.
Com um sistema de gestão, você pode acessar todos os processos que envolvem sua mercadoria em uma mesma interface e definir suas prioridades. Nele, você organiza seu sistema de compras e estoque, suas notas fiscais, pagamentos, vendas e muitas outras funções.
Uma das maneiras mais recomendadas para gerir os códigos é pelo uso de ERPs. Trata-se de um software corporativo capaz de controlar todas as informações da sua empresa, integrando dados, recursos e processos em um só lugar.
Os ERPs tornam as operações mais eficazes de forma simples e completa. Seu uso facilita a organização, oferecendo uma visão estratégica, otimizada e detalhada de tudo que acontece na distribuição da sua mercadoria, bem como permite o melhor monitoramento do relacionamento com o cliente e time de força de vendas, por exemplo.
Além disso, ele permite o controle da qualidade e segurança, fundamental para a segurança do consumidor no setor de alimentos.
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